quarta-feira, 16 de maio de 2012

COCHIN - INDIA -19042012


Segunda e ultima parada na India com o Costa Victoria.
Mas antes de conhecer Cochin eu deveria ir pro treinamento de emergência
que todos os tripulantes tem que fazer.
Antes minha posição era PRCR, e minha função era só ir pra minha MASTER STATION.Mas 
a algumas semanas minha função passou a ser PRCR ROLL CALL,nesse caso sou responsavel em pegar
a lista que contem o nome de todos os  tripulantes que pertencem a minha MASTER STATION que fica
no armario de coletes salva-vidas e conferir nome por nome no  caso de uma real emergencia.Depois do acidente com o Costa Concordia  todos da minha função são obrigados a aprender como descer os botes salva-vidas.E meu treinamento de hoje  foi pra aprender isso.Uma hora pra aprender algo que se faz e deve ser feito em menos de 10 minutos.
Terminado o treinamento era hora de sair  e mais uma vez minha saída foi marcada por dificuldades com
relação a imigração.
Primeiramente deveria passar no  CREW OFFICE  pra pegar meu passaporte e uma xerox do mesmo, depois  me dirigir pra onde se encontravam as autoridades indianas e preencher dois formularios , um de entrada e um de saída.Feito isso e entregue meu passaporte, recebi meu passe e tive que retornar meu passaporte pro  CREW OFFICE  que possuia uma mesa ao lado das autoridades indianas.
Sair !!! E morrer de calor.Eu iria sair sozinho, mas no fim das contas meu novo companheiro de cabine
Jonathan ( hondurenho )que não tava muito afim de sair  resolveu sair também.
Como esse lugar é quente !!!Não vejo a hora de voltar pra Salalah.Ao menos não havia taxistas
apurrinhando a cabeça.Mas dessa vez era imperativo.Tinhamos que pegar um taxi.
Quando não se sabe pra onde ir o negocio é fingir que sabe e pedir pra ir pro centro.
E lá fui eu pro centro.
Se me perguntarem o que mais me chocou nesses dois de India eu diria que foi o transito.Pois é incrivel
como, em um transito tão caótico eu não ter visto nenhum acidente .A unica coisa que parece responder
minha pergunta é o limite de velocidade.Nas cidades o limite é 30km\h nas rodovias 60km\h.
Continuando nosso caminho em direçao ao centro nosso taxista parou numa lavanderia e nos disse que o que veriamos era um trabalho em extinção
pois as gerações mais novas não gostam desse trabalho.Really ???
Vida que segue e mais uma igreja pra minha coleção, dessa vez uma de 500 anos .
Mas antes de continuar meu tour por Cochin eu deveria acertar minha vida financeira, ou seja trocar meus suados dolares em 
rupias.Nosso taxista acabou nos levando em um "chegado" dele que trocaria o dinheiro pra nós a uma taxa de 20 rupias.
Entreguei 50 dolares pra ele,nunca dei tanto dinheiro assim na mão de alguém, que foi trocar em algum lugar.Mas graças a Ganesha
tudo deu certo e ele voltou com 40 dolares em duas notas de 20 e 500 rupias.
Dinheiro trocado em mãos ele nos levou pra um shopping, ou mall.Quando eu escuto shopping ou mall é uma coisa totalmente diferente do  mall do indiano .Ele nos levou pra uma loja de tapetes e de souvenirs.De imediato um vendedor nos abordou e nos levou ao segundo andar onde nos mostrou os tapetes.Tapetes feitos a mão, cada um levando até 6 meses pra serem feitos, seguindo uma tradição que
passa de pai pra filho, mas...eu não iria comprar, fato.Não há como negar de que era um produto diferenciado e fora da minha realidade.
Primeiro são absurdamente caros, e segundo, como que eu vou ficar nessa vida carregando um tapete???Usei a velha tatica  e disse que não   entendia ingles muito bem e deixei ele conversando com o Jonathan.Só pra voltar no preço, a arte é tão cara que o vendedor nem falava,
só digitava numa calculadora e a única coisa que eu dizia era "puta madre !!!".Só pra simplificar, eu terminaria meu contrato na Costa  e não conseguiria comprar um tapete grande.
Na melhor das hipoteses aquela era uma loja para os passageiros endinheirados do navio, não pra tripulante.Saí da loja meio que sem entender  porque nosso taxista nos levou lá e seguimos para um mercado de pimenta e temperos, segundo ele dava pra fazer umas fotos diferentes.E não é que ele
tava certo.O cheiro era  fortissimo.
Algumas fotinhas  e voltemos ao taxi  e novamente ele nos levou a ...uma loja!?!?!?Bem...ao menos na saída uma explicação nos foi dada.A cada loja que ele levava turistas ele ganhava um cupom que vale  1 ponto.Com cinco cupons ele ganha 2 litros de gasolina, nos disse ele com um sorriso.Então tá né.
Mais tapetes caros e um pouquinho de ar condicionado era hora de partir.
Dessa vez a parada foi em  um museu, que conta um pouco ha historia de Cochin e de algumas figuras historicas do local.Preço da entrada, 5 rupias.Infelizmente vou ficar devendo nas fotos porque não era permitido fazer fotos e nas duas vezes que tentei fazer com a camera na cintura fui pego, perdendo a pratica total, so fotografando velhinhos em restaurante dá nisso.
Saindo do museu e continuando o tour avistei uma bagunça de tambores, indianos e japas, obvio que pedi pra parar tinha que ver o que era aquilo.Mas a primeira  coisa que fiz  foi subir no caminhão pra garantir a foto, depois que fazer a foto a gente apura, primeiro tinha que garantir uma fotinha.Garantida a foto comecei a conversar  com o japa que estava em cima do caminhão fotografando.Ele me explicou que aquilo era algum tipo de altar e que dariam a volta ao mundo colhendo mensagens positivas
para as vitimas do Tsunami.
Pra quem trabalhou onde eu trabalhei calor não é nada, Goa me fortaleceu quanto a isso, já meu companheiro de cabine...só queria uma coca e voltar pro navio.
O taxista achou um lugar que tinha um refri barato e paramos pra tomar.A conta das 3 garrafas deu 90 rupias.Minha escolha foi um 7UP que não tomava a anos.
Terminada a pausa era hora de seguir pro navio, mas antes uma paradinha na beira do rio onde haviam uns pescadores.Quando  o pescador me viu e me chamou, minha  experiencia já dizia que isso iria me custar algumas rupias.. e não deu outra, na saida mais uma mão aberta e menos algumas  rupias no bolso, 30 rupias pra ser  mais exato.
De volta ao taxi nós seguimos para....uma loja de tapetes.Os tapetes são indianos mas os donos são arabes.É incrivel como toda loja que a gente foi o dono se chamava 
Ahmed ou Muhamad.A parada de 5 minutos se tornou uma parada de quase 30 minutos, pois o dono cismou de nos mostrar os diamantes.Meu companheiro de cabine ficou surpreso
por haver diamantes na India, eu não.Expliquei pra ele que os diamantes vindo da Africa do Sul e de outros paises da africa vem pra India onde são polidos  e depois disso seguem pra Bruxelas, Londres e Nova York.O dono da loja ficou meio surpreso com meu conhecimento da rota.Quase disse pra ele que no Brasil fazemos algo  parecido, mas só que fazemos com o pó que vem da Colombia. 
Terminada essa loja passamos em mais uma, mais tapetes, mais um ponto pro nosso motorista e pronto.Podiamos voltar pro navio.
Chegando no porto era hora de acertar com o taxi, preço do tour...22 dolares, 5 dolares por hora.Considerando que era pra dividir por 2 e não é todo dia que se está na  India acho que ficou barato.Ele ainda me pediu uma gorjeta e quebrando o costume eu dei.Rodrigo mão aberta deu 100 Rupias de gorjeta.
Ele olhou pra minha cara e falou com o sotaque parecido com o do Apu do Simpsons...."Very small tip my friend".
Eu tive que responder : Yes my friend, I have to save my Rupees, next week I am back.


                                         Só sair so navio os taxistas começam


                                          Pouquinho de contramão não faz mal a ninguém


                                          Foto para as leitoras do blog


                                         Photo ???


                                        Transito indiano.Isso é o comum de qualquer cidade


                                          Mercado Polakkandam



                                         Batendo roupa a moda antiga


                                        Estender não mudou muito não




                                         Retratão...


 Passando roupa com ferro a carvão, minha avó tinha um desses...serio, nao to sendo sarcastico


                                         Uma foto fora...


                                        ...e uma foto dentro, basta


                                         Olha a testa do cazzo.Não é brinquedo não


                                    Quando fiz essa foto já imaginava onde a conversa ia parar


                             Esse é o preço de um pequeno, do tamanho de uma toalha de rosto


                                     Tão caro que tem que se colocar na parede, como um quadro


                                         Preparo do tempero



                                         Vamos carregar a Mikoshi !!!


                          Todos escrevem uma mensagem nas plaquinhas para as vitimas do tsunami


                     Quase mandei um recado malcriado do tipo."Tsunami só acontece com quem caça baleia"


                                         Ultima parada, pescadores de Cochin


                             Um dos pescadores me chamou pra subir aqui.Vocês acham que eu fui ???


                                         Obvio  ( !!!!!! ) que fui




                                         Puxando a rede.....vazia

                                     

                                         Custa mais que meu soldo , huahauhaha


                                          Copia do passaporte e short pass

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